mardi 14 avril 2009
O meu primeiro disco, Amália, em Israel
Recordo esse dia em que, em Eilat, em Israel, uma manhã, fui à rua para ir ao Café ver gente. Ao passar pelo barbeiro, decidi entrar e cortar o cabelo. Quando saí do barbeiro reparei que, na loja em frente, na montra, estava exposto um disco da Amália. Entrei, comprei o disco e fui para casa a correr para o ouvir. Era o primeiro disco que eu comprava na vida. Que luxo!! Ao meio do caminho realizo que não tinha gira-discos. Muito bem, escutá-lo-ia em casa do meu vizinho, que tinha um. Infelizmente o vizinho tinha ido à praia e eu não podia esperar mais! Voltei à loja onde tinha comprado o disco e comprei também um gira-discos. Chegado a casa, instalo o dito, ponho o disco a rodar, sento-me no cadeirão e toco o disco dezenas de vezes, umas atrás das outras. Eu não queria acreditar que agora eu tinha um gira-discos, um disco, e a Amália ali às minhas ordens!
Momentos mais tarde, uma vizinha bate-me à porta e diz-me:
-Olhe, amigo, gosto muito da Amália Rodrigues, mas o dia todo, não!
Esse disco, um 33 rotações por minuto, comprado há agora quase 50 anos, ainda está ali na minha estante. Acabo agora mesmo de o escutar, a despeito de ter agora esse disco em versão CD...
Eu gostava tanto - e sempre cada vez mais - dela...
Seria que ela também gostava de mim?
Como naquele dia em que ela teve uma pequena lágrima num dos seus belos olhos, quando lhe disse que eu tinha crescido ao som da sua Voz?...
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